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[ÓLEOS LUBRIFICANTES] Perguntas e respostas

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Mensagem por andermen 16/3/2013, 14:28

Perguntas e respostas

1.Existem basicamente três tipos de óleo lubrificante: mineral, semi-sintético e sintético. Quais as diferenças básicas entre eles e as vantagens de cada um?

Os lubrificantes de base mineral são formulados com óleos básicos derivados do refino do petróleo. São compostos de frações de hidrocarbonetos podendo ser classificados como parafínicos, naftênicos ou aromáticos de acordo com a composição química, origem do petróleo e com os processos de refino.

Os óleos sintéticos possuem composição química bem definida, e são obtidos a partir de reações químicas de polimerização de insumos provenientes da indústria petroquímica. Podemos dizer que os óleos sintéticos foram desenvolvidos exclusivamente para serem utilizados como lubrificantes, sendo assim, possuem características excelentes para desenvolverem este papel. Seu processo de fabricação requer cuidados especiais, refletidos no produto final. Os óleos sintéticos, por sua maior estabilidade e detergência, mantêm suas propriedades por um período mais longo que os óleos minerais.

Os óleos semi-sintéticos constituem-se de uma mistura de bases minerais e sintéticas, em proporções variadas. Apresentam desta forma características intermediárias, de acordo com o percentual de cada base. Os óleos sintéticos apresentam, por exemplo, melhor resistência à oxidação que os óleos minerais. Quanto maior for o teor de base sintética em um óleo semi-sintético maior será sua resistência à oxidação.

É bom ressaltar que o benefício oferecido pelo óleo sintético está na lubrificação mais eficiente garantindo um aumento na vida útil do motor, e nunca na extensão do período de troca. Devido sua excelente estabilidade térmica e à oxidação, podem trabalhar sob temperaturas mais elevadas que os óleos minerais. Além disso, sua película lubrificante é mais resistente se mantendo mesmo nas condições mais severas de carga.

2. Quais as melhores aplicações para cada um desses tipos de lubrificantes nos veículos atuais?

O proprietário deve sempre se basear nas instruções do manual para lubrificação de seu veículo.

3. O que são e quais são as classificações API e SAE para óleos lubrificantes e as diferenças entre elas?

O API (Instituto de Petróleo Americano) estabeleceu um sistema de classificação para os óleos de motor, que é baseado em níveis de desempenho para cada tipo de óleo, sendo constituído de testes de motores, de bancada e de campo, e limites pré-estabelecidos de avaliação. Este sistema foi desenvolvido de tal forma que permite a adição de novos níveis de qualidade à medida que se fizer necessário suprir novas exigências da indústria automobilística: SF < SG < SH < SJ < SL.

A classificação SAE (Sociedade dos Engenheiros Automotivos) não considera o desempenho do produto, mas apenas a sua viscosidade. A viscosidade de um óleo é a medida da sua resistência ao escoamento e varia conforme a temperatura. A baixa temperatura, um óleo é mais "espesso", isto é, sua viscosidade é maior. À medida que se aumenta a temperatura, o óleo torna-se cada vez mais "fino", isto é, sua viscosidade diminui. Um óleo que flui lentamente prejudica a partida do motor, enquanto que um óleo muito "fino" proporciona uma lubrificação deficiente e um alto consumo do mesmo. Atualmente encontramos no mercado, lubrificantes com diferentes classificações de viscosidade: SAE 20W 50, SAE 10W 40, etc. Colocando de maneira simplificada, um óleo 15W 50 se comporta a frio como um óleo SAE 15W e a quente como um óleo SAE 50. Na prática, o número que possui o W, refere-se à partida a frio do motor. Quanto menor ele for, mais rápido o óleo fluirá, no momento mais crítico, que é o da partida, evitando o contato entre as partes metálicas minimizando o desgaste. O número sem o W refere-se à viscosidade do óleo na temperatura de operação do motor. Assim, um óleo 5W 40, terá o mesmo comportamento de viscosidade a quente, que um óleo 15W 40 já que ambos serão SAE 40. Sua viscosidade na partida a frio, entretanto, será menor, permitindo que o lubrificante atinja a parte alta do motor mais rapidamente.

No Brasil são mais comuns os óleos SAE 40 e 50. Apesar disso, já existem montadoras que estão recomendando óleos mais finos para seus motores, mesmo para o nosso clima. É o caso, por exemplo, da Ford que recomenda para alguns de seus modelos um óleo SAE 5W 30. Essa recomendação se deve a tecnologia de motor mais avançada empregada nesses motores que requerem óleos "Fuel Economy" (Economia de Combustível). Esses óleos (mais finos) se adaptam perfeitamente a essa nova demanda, de motores mais econômicos e mais eficientes.

4. Como o usuário pode escolher o melhor lubrificante para seu veículo?

Em geral as montadoras indicam nos manuais dos veículos as especificações mínimas que o óleo deve atender para garantir que todos os requisitos de lubrificação sejam atendidos. Os lubrificantes para motores têm participação fundamental para que os novos projetos de motores sejam viabilizados. Os novos motores são mais agressivos aos óleos, na medida que seus regimes de operação são em geral, mais severos. Além de terem que assegurar uma lubrificação eficiente sob elevados regimes de contaminação, estes precisam suportar ainda, temperaturas de trabalho cada vez maiores e períodos de troca estendidos. As especificações de lubrificantes mais conhecidas são a API (americana), ACEA (européia) e a JASO (japonesa).

Essas especificações visam estabelecer limites de desempenho para os lubrificantes. Para tal, são submetidos a uma bateria de testes de bancada, de laboratório e de campo, onde são avaliados vários parâmetros, como desgaste de anéis de segmento, formação de depósitos, resistência ao espessamento, limpeza de carter e etc.

De posse dessa informação o usuário deverá optar por um óleo lubrificante que atenda ou supere a classificação de desempenho exigida. É importante verificar também se existe alguma restrição quanto à base do produto. Algumas montadoras não recomendam o uso de óleos minerais, desta forma apenas poderá ser empregado óleos semi-sintéticos ou 100% sintéticos. Para os casos onde não exista essa restrição, ficará a critério do usuário a escolha da base.

5. Se o usuário utilizar um óleo de classificação superior ao recomendado, isto trará algum benefício para o motor do veículo?

A utilização de um óleo com desempenho superior ao estabelecido pela montadora trará benefícios refletidos diretamente na vida útil do motor. Quanto maior a qualidade do óleo lubrificante, maior a proteção interna do motor. A utilização, por exemplo, de um óleo com classificação API SJ, onde é recomendado o uso de um produto API SF, garantirá que todos os requisitos mínimos de lubrificação estabelecidos pela montadora, serão atendidos e superados.

6. Quais problemas ele pode ter se usar um óleo de classificação inferior ao utilizado?

À medida que o motor entra em funcionamento, o nível de contaminantes no lubrificante aumenta progressivamente. Como os produtos da combustão são continuamente formados e absorvidos pelo óleo, torna-se cada vez mais difícil para ele proteger e lubrificar o motor. A degradação do óleo e sua exposição a temperaturas elevadas provocam um consumo (depleção) dos aditivos, contaminação e oxidação. A oxidação por sua vez ocasiona espessamento (aumento na viscosidade) e associada a presença de contaminantes (sujeiras) provoca também o escurecimento do óleo.

O usuário deverá seguir sempre as recomendações da montadora de forma a garantir o bom funcionamento de seu veículo. O uso de lubrificantes com classificação inferior à especificada no manual do proprietário poderá comprometer a proteção completa do motor, levando à redução em sua vida útil.

7. Qual a composição básica dos lubrificantes atuais - dispersantes, detergentes, etc - e para que serve cada um desses agentes?

Os lubrificantes consistem basicamente da mistura de óleos básicos e aditivos. De acordo com a aplicação e com o nível de performance exigido, a formulação poderá ser diferente. Os aditivos são adicionados nas mais variadas proporções com a finalidade de melhorar ou conferir propriedades desejadas ao lubrificante final. Eles são classificados em 3 categorias:

Os que modificam a performance do óleo: aumentadores do índice de viscosidade e abaixadores do ponto de fluidez.
Os que protegem o lubrificante: antioxidantes e antiespumantes.
Os que protegem as superfícies lubrificadas: anticorrosivos, antiferrugem, dispersantes/detergentes e antidesgaste.
É bom lembrar que o lubrificante possui uma série de funções. Em se tratando de lubrificantes para motores, a mais importante é a formação de um filme suficientemente espesso, para prevenir o contato entre as superfícies metálicas reduzindo conseqüentemente o atrito aumentando a eficiência dos motores. Por conta disso, fabricantes de lubrificantes investem intensamente em tecnologia de aditivos pois de nada adiantaria projetar-se um motor de grande eficiência, se o lubrificante utilizado não consegue manter uma adequada película entre as partes móveis em condições severas de operação (temperaturas elevadas e altas cargas). Outra função que merece destaque é a capacidade que o óleo tem de promover a refrigeração do equipamento. A terceira tão importante quanto as anteriores, é a refrigerante. Permitir que o lubrificante acelere o seu processo de degradação ao limite máximo poderá levá-lo a apresentar a aparência de uma graxa escura. Nesse momento não haverá a quantidade de óleo necessária para a lubrificação do motor levando-o ao seu travamento.

8. O uso de aditivos é recomendado? Quando?

Não recomendamos o uso de nenhum tipo de aditivo extra nos lubrificantes acabados. Esta prática pode comprometer o funcionamento do motor, tendo em vista que o pacote de aditivos adicionado aos óleos básicos é formulado e balanceado em uma proporção definida, e a adição de um aditivo extra desequilibraria a formulação bem como o desempenho final do produto. Além disso, não temos como garantir que o nosso produto seja compatível com o aditivo usado. Ressaltamos também que não é recomendada a mistura de óleos de diferentes formulações, ou seja, de fabricantes diferentes. Isso porque não podemos garantir quais tipos de interações poderiam vir a ocorrer entre os diversos aditivos existentes nos lubrificantes. O API determina que todos os óleos de mesma classificação têm que ser compatíveis entre si. Sendo assim, um óleo API SJ de um fabricante poderá ser misturado a um óleo de outro fabricante, também API SJ. Desta forma, podemos garantir que não haverá nenhuma reação de incompatibilidade entre eles. Mesmo assim, não recomendamos essa prática, pois entendemos que a mistura levará a um desbalanceamento no pacote de aditivo original de cada produto, não proporcionando o benefício máximo que cada produto individualmente ofereceria.

9. Existe algum problema em se usar um óleo sintético quando o recomendado é o mineral, ou vice-versa?

Não existe qualquer restrição quanto ao uso de óleos sintéticos em lugar de óleos minerais. Fazemos, entretanto, uma ressalva quanto ao uso de óleos sintéticos em motores antigos, principalmente quando não conhecemos o histórico de lubrificação desses motores. Motores que possuem um histórico de lubrificação ruim (uso de lubrificante de baixa qualidade e períodos de troca estendidos), mesmo em casos de quilometragem não muito elevada, devem seguir certos cuidados antes de efetuar a troca do óleo. Caso o motor apresente uma grande quantidade de borra a alteração na base do óleo deve ser seguida de uma série de cuidados.

A princípio faz-se necessária a realização de um flushing com o próprio óleo escolhido, fazendo a primeira troca, tanto do óleo como do filtro, num período bem curto (cerca de uns 1000 km). Nesse período, deve-se acompanhar o comportamento de consumo, sua cor pela vareta, além da pressão de óleo pela luz testemunha no painel. Este monitoramento é essencial para garantia do funcionamento adequado do motor, pois caso ele esteja com muita borra, existe uma grande chance desta se desprender pela ação de limpeza do lubrificante sintético ou semi-sintético podendo entupir a tela do tubo pescador ou alguma galeria, prejudicando a lubrificação. Nestas situações onde a quantidade de borra é elevada, é necessário a realização de uma limpeza mecânica do motor, com a retirada do Carter e outras peças.

A segunda troca, do óleo e do filtro, deve ser realizada com 5000 km e daí em diante gradativamente, até que seja alcançado o intervalo de troca estabelecido pela montadora, no manual do proprietário. Quanto maior for a quilometragem rodada do veículo, maior deverá ser a atenção no caso de troca de bases.

O contrário, que corresponderia a migração de um óleo sintético ou semi-sintético para o mineral, poderá ser realizada sem problemas, deste que este último atenda às especificações mínimas estabelecidas pela montadora. Entendemos que os motores lubrificados com produtos de base sintética tendem a apresentar maior limpeza. É bom ressaltar que, neste caso, a escolha de um óleo de qualidade inferior, impactará na vida útil do motor.

10. Quais as diferenças básicas entre os lubrificantes para motores a gasolina, álcool e diesel?

As diferenças básicas entre eles encontram-se em suas composições químicas onde cada tipo de óleo atenderá a especificações de desempenho particulares. Lubrificantes para motores a diesel, por exemplo, requerem uma reserva alcalina (TBN) maior que aqueles para motores que trabalham com gasolina e álcool. O óleo diesel é um combustível com uma concentração de enxofre relativamente alta, e portanto, sua combustão gera óxidos sulfurosos que em contato com água produzem ácidos. Estes ácidos são extremamente prejudiciais para o motor, pois além de provocarem corrosão, aceleram a degradação do óleo. Esta reserva alcalina é responsável pela neutralização dos ácidos evitando que estes prejudiquem o motor.

11. Os motores quatro tempos de motocicletas exigem lubrificantes diferentes dos motores de automóveis? Porque?

Embora existam exceções, a maior parte das motos 4 tempos possui um reservatório único para o motor e para a caixa de câmbio, que inclui também o disco de embreagem imerso no óleo. Neste caso faz-se necessário que sejam atendidas demandas extras de esforço no lubrificante, quando comparadas aos óleos para carros de passeio.
Lubrificação e proteção do motor: Neste ponto não existe diferença real em relação à lubrificação dos carros de passeio, lembrando que esses motores por questões de projeto e operação exigem óleos de alto desempenho.
Lubrificação da caixa de câmbio: Geralmente são lubrificadas por óleos multiviscosos (com elevado IV – índice de viscosidade). No entanto, sob condições árduas, como elevadas temperaturas e longos períodos de troca, o polímero aumentador do IV, pode sofrer cisalhamento ocasionado pelo esforço mecânico entre os dentes da engrenagem. Este cisalhamento provoca uma queda acentuada na viscosidade, aumento de desgaste do motor e da caixa de engrenagem e lubrificação ineficiente. Uma solução será a utilização de óleos básicos sintéticos.

Embreagem: Geralmente o disco de embreagem trabalha no interior da caixa de câmbio. Com isso o óleo terá que evitar que a embreagem derrape. Em geral os óleos para motores possuem modificadores de fricção, que reduzem a fricção e com isso aumentam a economia de combustível. Tais óleos podem fazer com que os discos de embreagem escorreguem, reduzindo a fricção durante a aceleração do motor. Outra observação constatada pelos motociclistas refere-se a utilização de óleos muito viscosos na partida a frio. Estes acarretam o endurecimento e emperramento da embreagem.

As motocicletas 4 tempos solicitam do óleo lubrificante características diferentes das solicitadas por um carro de passeio, apesar do princípio de funcionamento do motor ser o mesmo. Portanto sua formulação diferencia-se da utilizada nos óleos para motores de veículos a passeio. As motos, por exemplo, operam em altas rotações e elevadas temperaturas na parte superior do pistão e Carter, além de possuírem uma relação potência/cilindrada elevada. O lubrificante deverá lubrificar os mancais, cilindros e mecanismo de válvulas; refrigerar o motor, especialmente mancais, mecanismo de válvulas e pistões; promover vedação entre a câmara de combustão e o Carter (entre os anéis de segmento e o cilindro); manter o interior do motor limpo, mantendo a fuligem e contaminantes (principalmente os gerados pela caixa de câmbio e embreagem) em solução para evitar a deposição deles. Para garantir maior proteção contra desgaste, o óleo deverá possuir a menor viscosidade possível na temperatura de operação, sem que haja um rompimento do filme de lubrificação. O óleo também deve conter aditivos para garantir a proteção contra formação de depósitos (detergentes), borra (dispersantes) e antioxidantes para retardar a deterioração do óleo.

Propriedades que influenciam na escolha do óleo para motos 4 tempos
· Elevado índice de viscosidade
· Elevada estabilidade ao cisalhamento
· Boa performance de funcionamento da embreagem úmida
· Ausência de modificadores de fricção
· Elevada estabilidade térmica

O equilíbrio da viscosidade se mostrará extremamente importante, de forma a proteger as engrenagens do câmbio (viscosidade não muito baixa) por um lado e viabilizar economia de combustível (viscosidade não muito alta) por outro. Essa característica será proporcionada por um elevado índice de viscosidade. Além disso, o lubrificante deverá proporcionar uma boa performance de funcionamento da embreagem úmida, de maneira a evitar patinação ou torná-la de difícil engate, permitindo suave engrenamento. Os agentes modificadores de fricção geram patinação da embreagem. Tem de ser evitados, óleos para motores de carros de passeio.

12. Quais as diferenças entre os óleos para motores dois tempos e os para motores quatro tempos de motocicletas?

Assim como os óleos para motores 4 tempos, os óleos 2 tempos também tem de ser formulados com componentes de alta qualidade, de maneira a alcançar um melhor desempenho. A maior parte destes lubrificantes, possui em sua composição, diluentes que facilitam a diluição dele na gasolina, bem como a fluidez do óleo nos sistemas de lubrificação automática. Além destes aditivos, é importante que estes lubrificantes possuam abaixadores do ponto de fluidez a fim de melhorar o fluxo sob baixas temperaturas, anticorrosivos para prevenir a corrosão interna do motor, quando estiver desligado, detergentes e dispersantes.

Propriedades que influenciam na escolha do óleo para motores 2 tempos

· Baixa formação de depósitos
· Proteção contra “riscamento” das peças metálicas
· Características antiferrugem
· Elevada miscibilidade com o combustível
· Aditivos dispersantes sem cinzas para motores náuticos
· Aditivos dispersantes com baixo teor de cinzas para motores de motocicletas
· Baixa formação de fumaça
· Proteção antidesgaste


13. Trocar o óleo e não trocar o filtro faz diferença?

É considerada uma boa prática de manutenção a troca do filtro em conjunto com o lubrificante. A contaminação do óleo novo com o óleo usado restante no filtro acelera o processo de oxidação reduzindo a vida útil do mesmo.

14. Os lubrificantes brasileiros têm a mesma qualidade dos estrangeiros? Existem produtos importados sem similar nacional?

Os lubrificantes brasileiros provenientes de Cias reconhecidas e de grande porte possuem elevado padrão de qualidade, pois além de atenderem às especificações de desempenho mundiais, investem continuamente em tecnologia e pesquisa. É importante ressaltar que as especificações de desempenho são globais.

15. O que podemos esperar dos lubrificantes num futuro próximo?

A Shell procura trabalhar com um portifólio de lubrificantes de automóveis bastante diversificado com diferentes classificações de desempenho a fim de atender às necessidades de todo mercado brasileiro. Além disso, tentamos continuamente aprová-los nas montadoras.

Acreditamos que parte da tendência dos lubrificantes está voltada para as exigências ambientais que cada dia estão mais severas. A legislação ambiental vem exigindo limites cada vez mais rigorosos no âmbito de emissão de poluentes. Para atender a essa nova demanda, as montadoras estão trabalhando intensamente fazendo ajustes nos projetos dos motores. Essas mudanças estão refletindo diretamente na tecnologia dos lubrificantes que acabam absorvendo uma carga maior de contaminantes por um período de troca estendido. Ressaltamos que os lubrificantes têm participação fundamental para que os novos projetos sejam viabilizados. Assim, o processo para atender às novas exigências é resultado de uma parceria entre fabricantes de lubrificantes e montadoras.
Esse processo é contínuo e a tendência é de que cada vez mais a indústria automobilística exija óleos de maior qualidade e mais robustos para atender aos novos projetos.

16. No caso das motocicletas, as trocas de óleo feitas em intervalos menores que os recomendados pelo fabricante trazem algum benefício?

A substituição de qualquer lubrificante por um período de troca inferior ao especificado evita a oxidação elevada e a completa depleção de aditivos. Sabemos que durante o funcionamento do motor, os aditivos presentes no óleo são consumidos e com isso a proteção não é exatamente a mesma quando o óleo estava novo. Quando a troca é efetuada antes do recomendado reduzimos a formação de borra e portanto o motor trabalha mais limpo ficando mais protegido.

17. Como saber o intervalo de troca de cada lubrificante?

Erroneamente o intervalo de troca é relacionado apenas ao lubrificante. Os intervalos de troca são especificados pelas montadoras e são obtidos nos manuais dos veículos. As montadoras recomendam intervalos de troca que não comprometam a proteção do motor. Essas orientações devem ser rigorosamente atendidas. Não se deve estender o período de troca sem que sejam realizadas análises de desgaste, viscosidade, contaminação e oxidação no óleo usado. Estas características são afetadas diretamente pelo tipo de serviço que o veículo é submetido, pelo plano de manutenção, pelo nível de performance do pacote de aditivos presentes no óleo, além é claro da escolha do lubrificante correto.

É importante reforçar que a única maneira de estender o período de troca é através da realização de análises físico-químicas e químicas no óleo usado.
Quanto aos tipos de regimes de serviço, podemos classificá-los em:

- Serviço leve: é aquele típico de rodovias, onde são percorridas longas distâncias.
- Serviço severo: 5está relacionado ao uso tipicamente urbano (congestionamentos, "anda-pára", sinais de trânsito). Também é considerada bastante severa a utilização do veículo menos de 15 Km por dia, não permitindo que o motor atinja sua temperatura de operação. Neste caso há um aumento considerável na diluição do óleo por combustível, acelerando sua degradação e desgaste do motor.
- Serviço misto: mescla os dois tipos de serviço.

18. Qual o papel do fluido de arrefecimento sobre o lubrificante?

O fluido de arrefecimento possui papel fundamental no desempenho do lubrificante. O uso de proporções inadequadas de aditivo para radiador (ou mesmo a sua falta), pode levar à formação de ferrugem. A ferrugem reduz a eficiência de refrigeração do motor, podendo contribuir para o superaquecimento do lubrificante e conseqüentemente do motor. O superaquecimento acelera o processo de degradação do óleo.

19. Existe algum problema misturar produtos diferentes?

O API determina que óleos lubrificantes de mesma classificação API têm que ser compatíveis entre si. Ou seja, produtos API SF devem ser obrigatoriamente compatíveis com quaisquer outros SF. Apesar disso, não recomendamos essa prática, pois entendemos que a mistura entre lubrificantes provenientes de diferentes fabricantes leva a um desbalanceamento na formulação original. Assim, não será possível obter o benefício máximo que cada produto individualmente ofereceria.


Última edição por andermen em 18/3/2013, 14:39, editado 1 vez(es)
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Mensagem por andermen 16/3/2013, 14:29

Desempenho de lubrificantes

A legislação ambiental vem impondo limites cada vez mais restritivos em todo o mundo, no que diz respeito à emissão de poluentes. Esse fator tem sido um dos mais importantes, para o desenvolvimento da tecnologia de motores. Para atender a essa nova demanda foram necessários ajustes nos projetos dos motores, o que acabou gerando reflexos sobre as especificações exigidas para os lubrificantes. As grandes montadoras têm investido em mudanças fundamentais na tecnologia de motores, porém apenas isso não é suficiente. Os lubrificantes têm participação fundamental para que os novos projetos sejam viabilizados. Com isso podemos dizer que o processo constitui-se de uma parceria entre fabricantes de motores e de lubrificantes. Os primeiros demandam especificações cada vez mais rígidas enquanto nós nos esforçamos no sentido de atender a essas demandas.

A API é uma classificação de desempenho bastante usada por várias montadoras, porém não é a única. Muitas vezes o fabricante prefere desenvolver sua própria especificação, baseada em testes que a seu ver, estão mais de acordo com a tecnologia usada em seus motores. Esse é por exemplo o caso da VW, Mercedes, Volvo, etc. As especificações visam estabelecer limites de desempenho para os lubrificantes e são compostas de vários testes de medição de várias características, como por exemplo: desgaste de anéis de segmento, formação de depósitos, resistência ao espessamento, etc. Muitos testes são baseados em motores padrão. Um teste de estabilidade a oxidação, por exemplo, será rodado em um motor escolhido por ser o mais agressivo em relação a essa característica. Nesta linha, serão escolhidos motores para cada tipo de característica desejada. Desta forma, cabe ao fabricante de óleo desenvolver produtos que atendam as mais diversas classificações e especificações internacionais. A partir daí a montadora testará esses produtos, presentes no mercado, conforme já explicado acima. Apenas eles detêm conhecimentos relacionados ao projeto de seus motores.

Em relação às montadoras indicadas, a Ford e a GM usam a classificação API, porém a Volks usa sua própria especificação. Nesse último caso seria complicado comparar, já que a API é uma classificação americana, estando de acordo com as demandas desse mercado, enquanto que as especificações VW, estão mais de acordo com as demandas do mercado europeu. Os próprios designs de motores europeus e americanos, apresentam suas peculiaridades. Para as demais, Ford e GM, os modelos atuais (após 2000), já usam óleos API SJ. A API estabeleceu um sistema de classificação para os óleos de motor, que é baseado em níveis de desempenho para cada tipo de óleo, sendo complementado com testes de motores, de bancada e de campo, e limites pré-estabelecidos de avaliação. As classificações são diferenciadas para os motores do ciclo Diesel (precedidas pela letra C) e do ciclo Otto (precedidas pela letra S). Este sistema foi desenvolvido de tal forma que permite a adição de novos níveis de qualidade à medida que se fizer necessário suprir novas exigência da indústria automobilística: SF < SG < SH < SJ < SL. Em geral as montadoras indicam nos manuais dos veículos as especificações mínimas que o óleo deve atender para garantir que todos os requisitos de lubrificação sejam atendidos. A utilização de um óleo com desempenho superior (API SL), só terá a acrescentar, refletindo diretamente na vida útil do motor. Ao contrário, o uso de um óleo de classificação inferior, poderá comprometer a proteção completa do motor.
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Mensagem por andermen 16/3/2013, 14:30

Borra no motor

Temos percebido nos últimos 6 anos um crescimento incrível do numero de motores ciclo Otto com problemas de formação de borra e este fenômeno tem ocorrido tanto em veículos de baixa cilindrada, os chamados populares 1.0, como em motores de veículos nacionais ou importados novos de alta cilindrada e desempenho. Os motivos desta ocorrência, apesar de intensa pesquisa por parte de todas as montadoras e fabricantes de lubrificantes não está totalmente solucionado, mas podemos ressaltar alguns pontos que confirmadamente contribuem para este problema e são eles:

1- Utilização de lubrificantes de baixo desempenho;

2- Mistura de lubrificantes de diferentes desempenhos, especificações e formulações;

3- Extensão do período de troca acima do especificado para a operação;

4 - Extensão do tempo de troca;

5- Utilização de gasolina adulterada. Algumas montadoras inclusive já realizaram testes com gasolina sem álcool e perceberam que o alto teor deste na nossa gasolina (acima de 20%) contribui para tal fenômeno. Nesse caso não temos nenhuma ação já que o teor de álcool na gasolina é estabelecido por portarias governamentais e deve ser totalmente seguido;

6- Troca do óleo lubrificante sem a troca do respectivo filtro de óleo.

Diante destas conclusões as montadoras estão tomando ações para minimizar este problema. São elas:

1- Utilizar no primeiro enchimento dos seus motores óleos de maior desempenho, hoje a grande maioria das montadoras brasileiras se utilizam de óleos de base sintética para tal;

2- Recomendar a utilização de óleos de base sintética e até, dependendo do modelo, de óleos totalmente sintéticos;

3- Criar planos de troca de óleo com período reduzido para aplicações severas e comunicar claramente quais operações são assim consideradas;

4- Reduzir os períodos de troca;

5- Criar indicação de troca de óleo por prazo de tempo;

6- Recomendar a cada troca de óleo a troca do filtro de óleo.

Todas estas ações estão sendo tomadas pelas montadoras brasileiras para se reduzir os problemas e reclamações de garantia de campo descritos. A mudança do óleo de primeiro enchimento para um óleo de base sintética leva a um grande aumento nos custos, mas tem sido a opção de praticamente todas as grandes montadoras que a partir daí exigem em manual que este tipo de óleo lubrificante continue sendo utilizado sob pena de perda de garantia."
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Mensagem por Edson Tonelli 10/10/2015, 20:27

Importante nas trocas de óleo, além deste e dos filtros, também verificar e limpar o respiro do motor, pois se este estiver obstruído pelo acumulo de borra, o que é natural, provocará pressão interna no motor e consequente problemas de vazamentos entre outros.
Meu cinquecento saiu da revisão dos 15 mil e fui conferir a mangueira, e, não fora limpa e também deixaram a mangueira em sua bifurcação ao orifício inferior ao corpo da borboleta solta; o que fazia o motor aspirar ar pelo minusculo orifício sem a necessária filtragem. Uma falha que não deveria ocorrer, principalmente em uma concessionária. 
De praxe, quando termina a garantia, faço eu mesmo todos os serviços.
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