[SEGURANÇA] Tudo sobre a do Fiat 500 (Novidades pg. 4)

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Resolvi criar um tópico para falar um pouco sobre a
segurança do Fiat 500, já que esse é um (se não o maior) de seus destaques.

O carro perdeu os 7 airbags que eram oferecidos de série na
versão importada da Polônia, mas trouxe consigo uma série de aprimoramentos
estruturais.

A versão Cult vem equipada com airbag duplo frontal, ao
passo que a Sport e Louge adicionam os airbags laterias de tórax como item de
série. Para as versões equipadas com motor MultiAir, é possível optar pelo Kit
Safety, que adiciona airbags laterias de cortina e o airbag para o joelho do
motorista; infelizmente é impossível achar um nessa configuração, somente sob
encomenda. Freios ABS, ESP, ASR, BAS são equipamentos de série em todos, assim
como cintos de segurança com pré-tensores duplo e limitadores de esforço e
sistema ISOFIX.

EuroNCAP

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O modelo testado, de origem polonesa, marcou por ter sido o
primeiro sub-compacto a atingir a classificação de 5 estrelas, avaliação
máxima. A entidade provia na época três tipos de testes: frontal com 45% da
frente contra uma barreira deformável a uma velocidade de 64Km/h, lateral onde
uma barreira deformável atinge o carro a 48Km/h e teste onde o carro é
projetado lateralmente contra um poste, a 29Km/h. O carro teve classificações
entre ‘bom’ e ‘adequado’ para todas as partes do corpo, nos três testes. Vale
destacar que o aviso de não uso do cinto de segurança do motorista é um fator
essencial para a conquista das 5 estrelas. O Fiat 500 polonês, é vendido na
Europa sempre equipado com 7 airbags e ABS, mas apoios de cabeça no banco
traseiro, bem como ESP/ASR são itens opcionais.

MODIFICAÇÕES

Para ser comercializado nos Estados Unidos, o Fiat 500
sofreu diversas mudanças, devido a legislação norte-americana, e também com o
intuito de se tornar mais compatível em caso de colisão com os SUVs/pick-ups
full size.

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A primeira mudança logicamente foi um reforço estrutural que
tornou o carro 30% mais rígido, o que resultou em um aumento aproximado de
100Kg. Grande parte do reforço foi aplicado sob o piso do caro, em forma de ‘+’.
Outra importante modificação foi na estrutura da parte traseira, bem como na
transferência do estepe do porta-malas para a parte externa do carro e o
reposicionamento do tanque e bocal de abastecimento, tudo para atender as
normas extremamente rígidas de impacto traseiro que ainda não entraram em vigor
nos EUA – que será de uma barreira deformável atingido 70% da parte traseira a
uma velocidade de 80Km/h. Na dianteira, a única mudança realizada foi a adoção
de duas barras paralelas a estrutural com o intuito de melhorar a distribuição
da absorção do impacto.

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No interior, uma das modificações realizadas foi nos
airbags, que se tornaram maiores, sobretudo os laterais. O airbag lateral de tórax, ganhou o dobro de volume, ao
passo que o airbag de cortina agora se estende até o banco traseiro – no polonês
era restrito aos ocupantes do banco dianteiro. No caso de impacto frontal
severo, os airbags laterais e de cortina serão acionados juntamente com os
frontais.

A coluna teve o sistema de cinto de segurança alterado para
o mesmo modelo que utilizados nos carros da Volvo; a própria altura do
passageiro determina o ângulo que o cinto sai da coluna, evitando a necessidade
de regulagem.

O painel ganhou uma trama por trás do plástico de
revestimento, com o intuito de absorver o contato das pernas com o painel em
caso de impacto.

Os apoios de cabeça dianteiro passaram a ser ativos, isso é, em caso de colisão frontal ou
traseira severa, se deslocam para cima e para frente, melhorando o suporte da
cabeça dos ocupantes. Infelizmente é um item que ficou de fora do manual do
proprietário.

Com tantas modificações, faltava ver como o 500 se saiu nos
crash-tests norte-americanos;

IIHS

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O IIHS, patrocinado pelas seguradoras locais, realiza quatro
tipos de teste. O primeiro, é um impacto frontal que ocorre a 65Km/h com 45% da
frente contra uma barreira deformável. Nesse impacto, o 500 teve um bom
desempenho, porém houve a quebra da fixação do banco do motorista, fazendo com
que o banco inclinasse para frente, o que ocasionou um deslocamento excessivo
da cabeça do motorista para frente, oferendo risco de lesão. A Fiat não
anunciou recall das unidades já vendidas, mas providenciou mudanças na
estrutura do banco para os modelos produzidos depois de Julho/2011 (confiram a
data de fabricação do seu carro pela etiqueta fixada na porta do motorista).

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A Fiat cedeu um segundo carro para teste, onde o desempenho
foi exemplar. A porta do motorista até chegou a abrir durante a colisão, mas
segundo o IIHS foi devido ao braço do dummie (boneco de teste) ter enroscado na
maçaneta, fato que seria difícil ocorrer na vida real.

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No teste de impacto lateral, é utilizada uma barreira
deformável de grandes proporções, para simular um SUV colidindo com a lateral.
Esse teste é realizado a 50Km/h. Novamente o desempenho do 500 foi de destaque,
ainda que exista risco de lesão no pélvis.

O terceiro teste é caracterizado em observar a proteção
oferecida pelo apoio de cabeça; antes da modificação na estrutura do banco, o
500 havia ganho a classificação máxima, mas depois, ficou com a ‘aceitável’.

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O último teste é o de capotamento, onde verifica-se a
resistência do teto, aplicando uma pressão no canto esquerdo do mesmo. Para ser
aprovado, o carro precisa resistir a 1,5x o próprio peso. O 500 conseguiu
resistir a 6x o seu próprio peso, ou, ser duas vezes mais resistente que um
Mini.

NHTSA

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O NHTSA promove três tipos de impacto e é um órgão do
governo norte-americano. O teste de impacto frontal é realizado com 100% da
frente contra uma parede, a 56Km/h. É um teste mais tranquilo para a estrutura
do carro, porém, exige mais dos passageiros que os testes do IIHS e EuroNCAP. Neste
caso, obteve a classificação de 4 estrelas para motorista e 3 estrelas para o
passageiro. Cabe salientar que o passageiro utilizado pelo IIHS é de baixa
estatura.

Já o crash-test lateral, é realizado a 62Km/h com uma
barreira deformável. Nesse teste, o 500 obteve 5 estrelas para o ocupante
dianteiro e apenas 2 estrelas para o ocupante do banco traseiro. O teste
lateral contra o poste, é realizado a 33Km/h e obteve 3 estrelas.

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O NHTSA também realiza teste de segurança ativa, o conhecido
teste do alce, onde promove o desvio rápido de trajetória com o carro a 80Km/h.
Nesse teste, o 500 foi classificado com 4 estrelas, e apresentou 14.5% de
chance de resultar em capotamento.

Quando esses resultados saíram, muitos sites consideraram o
resultado absurdo, chegaram a dizer que o modelo tinha sido simplificado.
Porém, vale lembrar que o NHTSA recém alterou seu método de avaliação, e por
isso, não é possível comparar o resultado com outros modelos já testados (como
muitos fizeram). Apenas dois carro conseguiram nota máxima nos testes após a
mudança no sistema de classificação. O NHTSA, além de ter testado uma unidade
que ainda possuía o banco problemático, ainda foi bastante criticado por uma possível
quebra de protocolo, ao posicionar o banco do passageiro de forma distinta do
motorista, o que pode ter influenciado o resultado. Sabe-se que a Fiat
solicitou novo teste, inclusive com as alterações no banco, mas o pedido foi
negado.

Mais alguns itens de segurança do 500:

- Pré-tensor duplo: presente na grande maioria dos carros
com airbag, o pré-tensor tem a função de eliminar qualquer folga que possa ter
ficado entre o corpo e o cinto. É acionado juntamente com o airbag. No caso do
500, possui um sistema dentro da coluna B e outro ao lado do banco, ao
contrário da grande maioria que possui apenas o sistema dentro da coluna.

- Pedais inteligentes: Em caso de colisão, os pedais se
retraem e até mesmo podem vir a se soltar dependendo da gravidade da colisão,
com o intuito de não oferecer riscos para os pés.

- After-crash: com o acionamento dos airbags, é cortado o
funcionamento da bomba de combustível, as portas se destravam, as luzes internas
se acendem e o pisca-alerta é acionado.

- ESC (ou ESP): controle de estabilidade - visa recolocar o
carro na trajetória quando ele perde a frente ou a traseira durante uma manobra
brusca. Utiliza-se do freio ABS para regular a força de cada roda a fim de reequilibrar
o carro novamente.

- ASR: controle de tração – em caso de derrapagem, alivia a
força da roda para que possa recuperar a tração com o solo. Muito útil em pisos
escorregadios, neve e mesmo em uma aquaplanagem.

- HBA: sistema de frenagem de urgência – potencializa a
força aplicada ao pedal de freio e aciona o pisca-alerta na desaceleração
brusca.

Espero não ter deixado passar nada.

Muito bom tópico, Grilo. Não tem nem o que comentar
Espero que o pessoal em dúvida quanto à segurança do 500 use esse post como referência para o assunto aqui dentro do fórum.

Parabéns pela contribuição!

Gostei muito! Excelente leitura!

Parabéns Grilo, excelente post.

Agora sabemos o porque da falta da regulagem do cinto de segurança dianteiro.

Excelente post Grilo!

FelipeTippa escreveu:Agora sabemos o porque da falta da regularem do cinto.

Pois é! Dias depois de pegar o carro é que fui notar isso,
e logo pensei: que sacanagem.

Esse tópico deveria ser fixo!

Bem interessante...o 500 parece um mini "panzer"....hehehe

Parabéns pelo tópico, Grilo!
A Segurança embarcada no 500 é um dos motivos que tanto me atraem no carrinho.

No entanto, a realidade é que... se bater de frente com um sedã médio, por exemplo, a gente tá fodido (muito mais do que os ocupantes do sedã, por exemplo, se for um Fluence).

Mas é o mais seguro da categoria...

mas aí teria que torcer para somente bater em outros carros da categoria... aliás, que categoria é essa?
qq; c3; face... eu não saberia dizer no Brasil quem pertence a esta categoria.

Mas isso é óbvio!!! Se pudéssemos escolher em qual carro bater, né?!?!?!

Bem, se for falamos em segurança em todas as categorias então quem tem carro blindado (independente do tamanho) tem que torcer para não se envolver em um acidente feio, pois se no momento do resgate os bombeiros não tiverem as ferramentas apropriadas, vc fica lá...

Ou seja, NINGUÉM está livre de se "estrepar" em uma batida forte, independente do carro que tenha, MAS já que estamos falando do 500, que pertence à categoria "minicar" ele é o mais seguro de todos e (me corrijam se eu estiver enganada) acredito que o Mini está nessa e mais alguns carros dessas novas marcas recém-chegadas ao Brasil...

Depois que eu li esse post, fiquei bem mais tranquila!

E o negócio é acender vela pro santo, mentalizar, fazer novena e desejar que não precisemos usar nada do que está descrito, independente do carro em que estejamos!

E, se isso ainda for insuficiente para o proprietário do 500 se sentir seguro e satisfeito, o negócio é crescer, trabalhar bastante para ganhar muito dinheiro logo e comprar um carro que julgue "seguro" e não merecedor de críticas... Porque, ao meu humilde ver, essa pessoa provavelmente só tem um 500 ou qualquer outro carro da "categoria" não por prazer, mas por necessidade...

Parabens pelo tópico.

Se fosse ficar pensando na possibilidade de uma colisão fronta, não compraria um 500, mas sim um Hummer H2....

Andresa, mais uma vez você foi percuciente!!!
Para os que temos outros carros, doutras categorias, maiores inclusive, o 500 tem se apresentado seguro, econômico, confortável e, acima de tudo, extremamente elegante.
Se eu visse tantos defeitos no Cinquecento já teria vendido.

De qualquer forma, a frota brasileira é em grande parte formada por motos, carros de pequeno porte e carros médio porte - alem de onibus e caminhoes. Se vc colidir com um dos 3 primeiros, vc estará seguro no 500. Se colidir com um dos 2 ultimos, nem se estiver num grande seda/SUV poderá sair ileso....

Penso como alguns no forum, ao entrar no 500, prefiro vestir o estilo do carrinho e me divertir com ele, em vez de ficar no pensando: "e se isso acontecer? e se aquilo? e se....?"

Excelente tópico. Parabéns.

É engraçado como as pessoas levam tudo pro lado pessoal hahaha
Aqui o foco é o carro, não os donos do carro e seus sentimentos fofos sobre o veículo.

Se eu pudesse ter um carro que me desse prazer eu teria um Subaru WRX STI...
Mas penso em breve em adquirir um Troller, caso essa informação seja interessante.

no Brasil todo, o carro tem muito do "sentimento" do dono... vale lembrar as propagandas dos postos Ipiranga. Dificil criticar um carro, sem que o dono saia em sua defesa.

No caso dos 500s, o pessoal parece mais apaixonado ainda pelo carrinho. É claro que todos sabem que, se colidir com um veiculo maior, o pequeno sempre vai levar desvantagem... mas isso vai acontecer tbm com o Ford Ka, GM Celta, Kia Picanto, Mini Couper....

É que o Fiat 500 é melhor melhor do mundo em quase todos os quesitos.( to brincando tá...eu acho o carro um barato!)

Sim, foi somente isso que eu disse... mas o orgulho dos proprietários acaba distorcendo a informação hahaha
Mas é engraçado, eu me divirto!

Apaixonar-se por aquilo que temos é ser coerente, mas o problema é quando desmerecemos o que é nosso... pra mim é "dar tiro no pé"... rs rs rs

Seria hipocrisia da minha parte dizer que não tenho medo de bater o 500, tanto que até já criei um tópico sobre o tema, mas quem está na chuva é pra se molhar...

Agora, cá entre nós proprietários do 500, digam que não sentem orgulho em ler o tópico que o Grilo criou aqui?!?!?! Fizemos uma boa escolha ou não?!

Mais uma vez Grilo: parabéns por nos trazer um post tão rico em informações que só vem a confirmar (e por que não 'surpreender'?!) nossas expectativas!

E eu não estou ofendendo ninguém e ninguém vai me dizer o que falar ou não... se quiser ignore ou me expulse daqui, mas não venha dar pitaco desnecessário.